Wednesday, April 11, 2007

Mais uma carta.

Não te encontro, não te vejo.
Você não passa mais por aquela rua.
Minhas tardes ficaram longas, sentado naquele café.
Algumas vezes, tenho que reler um capitulo, porque não prestei
atenção em uma só palavra, pensando em você.
Eu sei que ainda guardo na carteira o guardanapo que você escreveu
seu telefone no primeiro dia, mas me sentiria melhor te vendo
passar, antes de te ligar, mesmo sabendo que de propósito me plantei enfrente a sua casa.
Hoje entendo melhor o paradoxo do amor platônico.
Como é bom e triste.

2 comments:

Raquel said...

Já pôs fim ao platonicismo de um amor? Acho que ele morre junto com o primeiro "olá".

tangerine said...

se por apenas um olhar te fizesse virar redobraria meu cuidado ao seguir-te pelas ruas

sinais avançam
os carros atropelados
as vítimas almoçam cometendo suicídios e
nem por um segundo prendo tua atenção
nem que grite ou ofereça esmolas

(não)cabe um desavisado como eu no intimo do teu foco (?)
que posso eu fazer para ter teu apego?
que devo eu fazer p algemar tuas horas?
teu tempo comigo se quebrou
vc sozinho domina o tamanho da fechadura que te tranca a mim
se te tenho assim todo cuspo a fechadura na calçada
e se quebrar.... condeno-te a mil anos no minimo